Tuta absoluta

Tuta absoluta (Phthorimaea absoluta)

Tuta absoluta ou traça-do-tomateiro, como é popularmente conhecida, tem se mostrado nos últimos 30 anos uma das grandes pragas das plantações de tomate no mundo, e principalmente na América do Sul, onde um de seus primeiros registros ocorreram no Peru há cerca de 100 anos. Hoje a T. absoluta é encontrada em países da Europa, Oriente Médio, África e também em algumas localidades da Ásia. Um dos fatores que levam ao acelerado crescimento populacional da praga está associado ao comportamento multivoltino do inseto, produzindo várias gerações por ano. Dessa forma, tornou-se uma grande ameaça econômica no mundo, levando nos casos mais graves à aniquilação de 100 da produção em determinadas regiões e impondo grandes desafios econômicos ao produtor. Apesar de ser conhecida como praga do tomate, por se alimentar majoritariamente do fruto, a traça é capaz de se desenvolver em diversas espécies de plantas como pepino, batata, berinjela. Também foi registrada sua presença em espécies silvestres da Solanaceae, como Lycopersicum puberulum, Datura ferox, D. stramonium e Nicotiana glauca. Os ovos da T. absoluta, brancos e depois amarronzados ou amarelados, são colocados em diversos pontos da planta, como nas flores, folhas, frutos e mesmo nas hastes. Depois de eclodir, de três a cinco dias depois, as larvas perfuram os frutos, consumindo sua polpa, ou comem as folhas. Outras ocupam as hastes do vegetal. A fase de pupa, cerca de dez dias depois, dão lugar a mariposas pequenas, de coloração acinzentada, prateada ou marrom, com 10mm de comprimento. Os insetos chegam a viver uma semana, mas não sem antes se acasalar e ovipositar o que ocorre geralmente logo pela manhã ou no fim de tarde. Uma fêmea coloca em média 260 ovos durante sua vida.